Roteiro Patagônia

Roteiro Patagônia

Este roteiro pela Patagônia inclui destinos icônicos como Torres del Paine, Fitz Roy, Glaciar Perito Moreno e Ushuaia.

Além dos locais principais, abordaremos questões essenciais como câmbio, cruzamento de fronteiras, as melhores rotas e lugares menos conhecidos, proporcionando uma experiência mais completa e única.

Realizamos essa viagem no período de transição entre o inverno e a primavera (25/09 – 07/10), o que é um fator importante a se considerar, pois dependendo da época do ano, a paisagem e as atividades disponíveis podem variar significativamente.

A disponibilidade de passeios está diretamente ligada ao clima, assim como o funcionamento dos hotéis. Eu, por exemplo, havia planejado inicialmente a viagem para o período de 25/08 a 07/09, mas tive que cancelar e remarcar, já que muitas atrações não estavam operando para turistas nessa época.


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Clima

O clima na Patagônia é um fator tão importante que merece um destaque especial. Durante nossa viagem, que ocorreu na primavera, as temperaturas começaram a subir lentamente acima de 0°C, mas ainda assim havia chances de neve e chuvas ocasionais.

Uma frase que você deve ter sempre em mente é: “a Patagônia tem seu próprio clima”. Em todos os lugares que visitávamos, ao perguntar sobre a previsão do tempo, recebíamos essa mesma resposta. Mesmo que as condições climáticas na cidade indicassem uma coisa, o clima na Patagônia mudava de forma intensa e repentina, provando que essa máxima é absolutamente verdadeira.

Para entender melhor, pense que estamos no extremo sul do continente, onde a terra se estreita entre dois oceanos. O que separa o Oceano Pacífico de nós é a imponente Cordilheira dos Andes, a última grande barreira natural antes de receber correntes marítimas poderosas que viajam milhares de quilômetros, como aquelas vindas da Austrália. Mesmo com a cordilheira, nem tudo é bloqueado, e por isso é comum enfrentar ventos de até 60 km/h em um dia considerado “tranquilo”.

Portanto, vá preparado para enfrentar frio, vento e, em alguns momentos, até calor. Tome os devidos cuidados, mas não deixe de explorar – insistir valerá cada esforço.

Roteiro Patagônia

Roteiro Patagônia

O roteiro descrito aqui começa pela cidade de El Calafate, e isso se deve ao fato de a cidade possuir um aeroporto, facilitando o acesso. Para chegar a El Calafate, basta buscar passagens com o destino final nessa cidade. É importante notar que uma parada em Buenos Aires é obrigatória, pois a imigração e a Polícia Aduaneira são realizadas nos aeroportos da capital argentina.

Cidades visitadas em ordem:

  • El Calafate
  • El Chaltén
  • Torres Del Paine

Lembre-se: sempre mantenha o tanque cheio antes de pegar a estrada, especialmente nas longas distâncias da Patagônia.

Se estiver em El Chaltén e não encontrar gasolina, você precisará retornar a El Calafate para abastecer. Caso consiga abastecer em El Chaltén, poderá seguir direto para Esperanza.

Seguindo esse caminho, é possível ir até Torres del Paine e voltar para Esperanza com apenas um tanque de combustível. No entanto, é obrigatório parar em Esperanza na volta para reabastecer, garantindo que você tenha combustível suficiente para o retorno.

Se, por algum motivo, você acabar gastando mais combustível em Torres del Paine e achar que o carro não terá autonomia para chegar a Esperanza, a melhor opção será descer até Puerto Natales, que fica a cerca de 100 km do parque. Puerto Natales é a cidade mais próxima e possui postos de abastecimento.

Roteiro Patagônia El Calafate – Perito Moreno

O roteiro começa pela cidade de El Calafate, a maior da região, e onde está localizado o aeroporto que recebemos nosso voo.

El Calafate é o ponto de apoio ideal para explorar a região, oferecendo várias opções de hospedagem, um centro comercial atrativo e uma gastronomia variada e farta. Além de sua boa infraestrutura, a cidade é a porta de entrada para o famoso Glaciar Perito Moreno, uma das grandes maravilhas naturais da Patagônia.

Apesar de, à primeira vista, o glaciar parecer “apenas mais um”, sua magnitude é impressionante. Para se ter uma ideia, ele é maior que a cidade de Buenos Aires e, em alguns pontos, chega a atingir mais de 700 metros de profundidade de gelo.

Uma passarela foi construída de modo que os visitantes possam caminhar ao longo do glaciar, permitindo que se aproxime até uma altura de 70 metros da gigantesca parede de gelo, que se estende por 2,5 km de largura e 4,4 km em profundidade logo à frente. É uma experiência visual e sensorial única.

Se tiver sorte, poderá presenciar o desprendimento de uma calota de gelo durante a trilha na passarela. Eu não tive a sorte de ver uma grande placa de gelo se soltando, mas o som do gelo estalando é tão intenso e assustador que dá a sensação de que o mundo está desabando. Uma experiência realmente incrível.

Observando o mapa, você perceberá que o Glaciar Perito Moreno não derrete completamente e permanece ali, dividindo o Lago Argentino em duas tonalidades distintas de água: uma acinzentada e outra azul. Em certos períodos do ano, o glaciar cresce tanto que chega a obstruir o fluxo de água de um lado do lago para o outro.

Outro fenômeno fascinante ocorre quando, com o tempo, a correnteza começa a fluir por debaixo do glaciar, criando um túnel natural entre as massas de gelo. Ver essa formação é simplesmente espetacular!

Toda essa região é vasta e imponente, e tenho certeza de que ficará maravilhado com o que encontrará.

O acesso ao Parque Nacional Glaciar Perito Moreno custa aproximadamente R$150,00 por pessoa. Achei o preço elevado, principalmente porque meus pais haviam visitado cinco meses antes e pagaram a metade, mas mesmo assim, a experiência vale cada centavo.

Roteiro Patagônia – Cavalgada Nibepo Aike

Andar a cavalo na Patagônia nunca foi algo que passou pela minha cabeça, até que fiz um passeio a cavalo em outra região, o que despertou meu interesse por essa atividade aqui.

Na Estância Nibepo Aike, é possível ver fotos e entrar em contato diretamente pelo Instagram, onde você pode conferir mais detalhes sobre os passeios disponíveis.

Eles oferecem duas opções principais de passeios: o Dia de Campo e a Cavalgada.

O Dia de Campo proporciona uma imersão na rotina da fazenda, começando com um delicioso café da manhã regional, interação com os animais e um passeio tranquilo pela propriedade. Para fechar com chave de ouro, há um almoço com o famoso cordeiro patagônico, que é simplesmente delicioso.

Já a Cavalgada, que para mim foi a atração principal, tem duração de 3 horas e percorre as belíssimas paisagens da estância. Se o tempo estiver bom, você poderá até ver o Glaciar Perito Moreno ao longe, o que torna o passeio ainda mais especial.

Este foi, sem dúvida, um dos pontos altos da viagem. Para quem gosta de andar a cavalo, é um dia relaxante com vistas deslumbrantes, e eu recomendo fortemente essa experiência.

O valor desse passeio gira em torno de R$800,00 por pessoa. Somente a cavalgada custa aproximadamente R$370,00, e o restante do valor corresponde ao Dia de Campo, que é mais caro por incluir as refeições.

Há também uma opção mais econômica, que inclui o Dia de Campo e uma cavalgada menor, de cerca de 40 minutos, por um adicional de R$100,00. Essa versão mais curta também é muito agradável.

Roteiro Patagônia Fitz Roy – El Chaltén

O Monte Fitz Roy é imenso, majestoso e simplesmente deslumbrante. O mais incrível é que, se o tempo estiver bom, enquanto você estiver na estrada em direção a El Chaltén, poderá passar mais de uma hora admirando a montanha, já que o caminho é uma reta de mais de 80 quilômetros, com a vista direta para o pico.

El Chaltén é uma cidadezinha que cresceu aos pés do Fitz Roy para servir como ponto de apoio para os trilheiros. Não espere muito da cidade em termos de estrutura: há basicamente uma única rua com hotéis, pousadas, restaurantes e lojas especializadas em aluguel e compra de roupas e equipamentos de trilha e esqui.

Essa montanha é tão icônica que a marca de roupas Patagônia desenhou as curvas de seu pico em seu logo. Todos os anos, milhares de pessoas viajam para cá em busca de uma trilha desafiadora e com paisagens espetaculares.

A principal trilha do Fitz Roy é a que leva à Laguna de Los Tres, com aproximadamente 25 quilômetros (ida e volta), que fizemos em 11 horas. Se estiver nevando ou tiver acabado de nevar, o uso de grampos de escalada é obrigatório para garantir segurança.

A trilha é bastante movimentada, com pessoas indo e voltando o tempo todo, e é bem sinalizada, com áreas de camping, cabines sanitárias (fossas) e até alguns bancos para descanso, o que a torna relativamente tranquila até certo ponto.

Uma recomendação importante é sobre as roupas e equipamentos adequados. Caso não tenha roupas de frio ou equipamento apropriado, há uma loja chamada Viento Oeste onde você pode comprar ou alugar o que for necessário.

Se você não é acostumado a fazer trilhas longas ou, por algum motivo, não puder concluir a caminhada até a Laguna de Los Tres, há alternativas. O Mirador de los Cóndores oferece uma vista impressionante do Fitz Roy, ou você pode optar por fazer a trilha até antes do início da subida mais desafiadora para a Laguna.

Roteiro Patagônia Torres Del Paine

Torres del Paine é conhecida como a Oitava Maravilha do Mundo, eleita por mais de 5 milhões de turistas ao redor do globo. Essa escolha popular reflete a beleza incomparável da região, que concorre com muitos outros lugares deslumbrantes do planeta.

Para mim, Torres del Paine era o destino mais aguardado da viagem, o lugar onde eu tinha as maiores expectativas. No entanto, eu acabara de visitar o Fitz Roy, que por si só é uma paisagem impressionante, então eu estava curioso para saber como seria a minha reação ao chegar em Torres del Paine, ainda mais considerando as incertezas climáticas que poderiam influenciar a experiência.

Ao chegarmos, o tempo estava completamente fechado. No entanto, os ventos em Torres del Paine são extremamente fortes e constantes, e logo a paisagem se abriu diante de nós, revelando uma vista verdadeiramente hipnotizante.

Embora o nome Torres del Paine seja comumente usado para se referir a todo o parque, as famosas torres são apenas uma parte do “complexo” Paine. A região abriga o Paine Grande, os Cuernos del Paine, as Torres del Paine, além de diversos outros picos que compõem essa paisagem majestosa.

Permissão para visitar Torres Del Paine

Sim, é necessário comprar uma permissão para entrar no Parque Nacional Torres del Paine. O processo é simples: basta escolher o parque, o período da visita e a quantidade de pessoas. Você precisará de um passaporte e de um cartão de crédito para realizar a compra. Embora seja possível que haja venda de ingressos na entrada do parque, preferi não arriscar e comprei com antecedência pelo site. O valor gira em torno de R$180,00 por pessoa

Hospedagem Torres Del Paine

Reservamos nossa hospedagem com 9 meses de antecedência, e é importante ficar atento aos períodos de funcionamento, pois muitos hotéis não abrem durante o inverno.

Na região, há várias opções de hotéis, hostels e áreas de camping, o que permite que você encontre algo que se encaixe no seu orçamento. Se não conseguir hospedagem dentro do parque, é possível se hospedar em Puerto Natales, que fica a apenas uma hora de distância, e ir até o parque de ônibus.

Eu fiquei na Hostería Pehoé, uma pousada simples e encantadora situada em uma ilha no Lago Pehoé. A vista que se tem do Cuernos del Paine a partir desse ponto é, na minha opinião, uma das mais belas do Parque Nacional.

Qual melhor meio de pagamento na Patagônia?

É importante lembrar que este roteiro atravessa dois países, Argentina e Chile, e, apesar de ambos usarem pesos, as moedas são completamente diferentes. Além disso, nenhum dos dois países permite o parcelamento de compras com cartões de crédito, a menos que você tenha um cartão emitido na Argentina ou no Chile.

Cambio na Pataônia – Argentina

A Argentina, entre os anos de 2023 e 2025, enfrentou uma grave crise econômica. Devido a essa situação, surgiu uma alternativa conhecida como “câmbio blue”, que permite converter o Real para o Peso Argentino com um desconto significativo — na época, cerca de 27%.

Alguns estabelecimentos até aceitavam pagamento em outras moedas com câmbio não oficial, mas as taxas não eram tão vantajosas quanto as do câmbio blue.

Eu, por exemplo, levei dólares para a Argentina, acreditando que conseguiria uma condição única que existia em 2023: trocar dólares por pesos argentinos com uma vantagem de 50% a 55% em relação ao câmbio oficial. No entanto, ao chegar lá, os lugares ofereciam um câmbio melhor para dólares e euros, com uma taxa aproximadamente 20% menor, o que resultaria em uma perda de 7% comparado ao câmbio blue.

Cambio Blue Pataônia – Argentina

O “câmbio blue” pode ser utilizado em compras com cartões de crédito Visa Infinity, ou ao fazer remessas de dinheiro via Western Union.

No caso do Visa Infinity, é importante verificar se essa opção está disponível para você e considerar a cobrança de IOF.

A Western Union, por sua vez, oferecia o câmbio mais vantajoso para turistas, o que era uma grande ajuda.

Remeça Western Union Patagônia – Argentina

A Western Union é, de longe, a melhor opção para trocar dinheiro, mas existem algumas considerações a serem feitas.

Para utilizar a Western Union, é necessário criar uma conta na plataforma, escolher o valor que deseja transferir e pagar via Pix. Cada operação tem um custo de cerca de R$20,00.

Volumes de Remessa

É aconselhável não fazer remessas muito grandes. O ideal é realizar transferências menores, de no máximo 150 mil pesos argentinos, pois os pontos “Pago Fácil” da Western Union podem não ter a quantidade de dinheiro suficiente para entregar em transações maiores.

Regras Arbitrárias

Embora a Western Union seja uma instituição estabelecida, parecia que cada franquia operava com regras próprias. Alguns pontos diziam que estavam “sem sistema”, outros limitavam pagamentos a no máximo 180 mil pesos, e alguns sequer realizavam pagamentos para estrangeiros, alegando que só faziam transações para nativos.

Para garantir o recebimento da remessa, muitas pessoas optam por fazer reservas antecipadas ou levar uma cópia do passaporte de quem fez a transferência.

Melhores opções de Wester Union na Patagônia

Endereço: Amilcar Amaya 568, Z9405 BAHIA TRANQUILA, Santa Cruz, Argentina

Regra: Reservar antes

Endereço: Monseñor Fagnano 1933, Z9405 El Calafate, Santa Cruz, Argentina

Regra: Levar Cópia do Passaporte.

Endereço: Av Del Lib G San Martin 1133, Z9405 El Calafate, Santa Cruz, Argentina

Regra: Limita valores a 180 mil e quantidade de pessoas.

Cambio na Pataônia – Chile

Ao entrar no Chile, fica evidente que o país é muito mais estruturado e economicamente estável em comparação com a Argentina. Como resultado, a crise monetária que afeta a Argentina não se aplica da mesma forma ao Chile, o que faz com que as opções de câmbio também sejam diferentes.

No Chile, a melhor alternativa é utilizar uma conta digital com um cartão pré-pago, como os oferecidos pela Wize ou Nomad, por exemplo.

O processo de uso desses aplicativos é bastante simples: você cria a conta, faz o pagamento para transferir o saldo e, para que o cartão funcione, é necessário ter o dinheiro disponível na conta à vista. Isso ocorre porque esses cartões funcionam no modelo de crédito ou débito pré-pago.

Um cartão pré-pago exige que você faça uma recarga antecipada para utilizar o valor disponível. Ou seja, você deposita um valor na conta, recarrega o cartão e então utiliza esse saldo conforme suas necessidades durante a viagem.

Qual fronteira cruzar na Patagônia?

A melhor opção para cruzar da Argentina para o Chile, saindo de El Calafate em direção a Torres del Paine, é pela fronteira Paso Río Don Guillermo.

No entanto, há algumas coisas importantes a serem lembradas antes de pegar a estrada. Sempre que for sair de uma cidade, certifique-se de abastecer o carro completamente, pois você estará literalmente no meio do nada, no fim do mundo, e não há cidades de apoio ou postos de gasolina ao longo do caminho.

Por isso, antes de sair de El Calafate ou El Chaltén em direção a qualquer outro destino, encha o tanque! Se estiver em El Chaltén e não encontrar combustível no posto, o que pode acontecer, é recomendável retornar a El Calafate e abastecer antes de seguir para a fronteira.

Devido às longas distâncias e à baixa densidade populacional e de infraestrutura, sugiro fazer uma parada em Esperanza, uma pequena localidade com apenas uma rua, onde você pode abastecer, comer algo e, se necessário, pedir ajuda ou se hospedar em caso de emergência.

Após sair de Esperanza, o melhor caminho é seguir para o Paso Río Don Guillermo. Pode ficar tranquilo quanto às condições da estrada: apesar de haver um pequeno trecho de estrada de terra, ou “ripio”, como eles chamam, ele é curto e apenas do lado argentino. Assim que cruzar a fronteira para o Chile, a estrada é pavimentada e em ótimas condições, o que trará mais tranquilidade para o restante da viagem.

Documentação para Cruzar a Fronteira Chile – Argengina

Para atravessar a fronteira com um carro alugado, será necessário solicitar uma “permissão” diretamente à locadora. Sem essa autorização, mesmo dentro do Mercosul, você não poderá cruzar a fronteira, já que o veículo é de terceiros, e a documentação correta é indispensável.

Mas não se preocupe, o processo é simples: basta enviar um e-mail ou telefonar para a locadora, perguntando se eles emitem esse documento e qual o custo para o período desejado. Embora esse serviço não seja geralmente anunciado no site da locadora, a maioria oferece essa opção por uma taxa adicional, que, apesar de não ser barata, é essencial.

Com a documentação em mãos, o processo de cruzar a fronteira é tranquilo. Basta apresentar os documentos exigidos no posto fronteiriço.

Não se esqueça de levar:

  • O passaporte,
  • Um documento de habilitação válido,
  • E o cartão de crédito em nome do titular do aluguel.
  • Caso vá adicionar um condutor, este vai precisar dde levar os mesmos documentos.

Dica sobre fechar passeios

Na Patagônia, há muito mais agências de turismo oferecendo pacotes do que locais disponíveis para os passeios. Por isso, é importante saber quando vale a pena fechar com uma agência e quando é melhor tratar diretamente com os prestadores de serviço.

Fechar com uma agência pode ser conveniente se você preferir evitar o trabalho de organizar tudo sozinho ou quiser parcelar os pagamentos. No entanto, fique atento: alguns passeios podem não estar disponíveis em certas épocas do ano, e você corre o risco de comprar um pacote que inclui atividades que não poderão ser realizadas.

Se preferir, uma ótima opção é falar diretamente com os locais responsáveis pelos passeios ou até mesmo fechar o passeio na hora, caso seja viável. A vantagem de fechar diretamente com os prestadores é que você tem mais flexibilidade e pode evitar intermediários. Porém, esses locais geralmente não parcelam os pagamentos, então, se optar por pagar antecipadamente com cartão de crédito, saiba que o valor será à vista.

Eu utilizei muito o Google Maps para explorar as regiões, localizar fornecedores e entrar em contato diretamente pelos sites, e-mails ou WhatsApp. Como não falo espanhol, recorri bastante ao Chat GPT e ao Google Tradutor para facilitar a comunicação.

O que é obrigatoriamente pago?

Alguns passeios na Patagônia são pagos, independentemente de como você os reservar. Entre os passeios com pagamento obrigatório estão:

  • Acesso ao Glaciar Perito Moreno,
  • Acesso ao Parque Nacional Torres del Paine,
  • Qualquer passeio privado ou em propriedade particular.

O que não é pago?

Por outro lado, há várias atividades gratuitas, então não se preocupe com todos os passeios. Entre as opções gratuitas estão:

  • Trilhas em parques,
  • Subida ao Fitz Roy,
  • Mirantes.

Se você já pagou a entrada de um parque, ou se a trilha ou mirante forem de acesso livre, não haverá custos adicionais. No entanto, é possível que você precise alugar roupas ou equipamentos adequados para algumas atividades, mas isso não faz parte do custo do passeio em si.to que você não tenha, mas isso não é o passeio em si.

Dica para escolher Hoteis na Patagônia

Os preços dos hotéis na Argentina podem variar bastante, então uma boa estratégia é reservar pelo Booking.com e acompanhar os preços mês a mês, especialmente nas últimas semanas antes da viagem. Essa monitoria frequente pode te ajudar a encontrar ofertas melhores à medida que a viagem se aproxima.

Recomendo sempre optar por acomodações que ofereçam cancelamento gratuito, pois essa flexibilidade permite que você cancele até 48 horas antes do check-in. Isso é útil caso surjam oportunidades de hospedagem mais vantajosas durante a viagem. Nós mesmos fizemos cerca de cinco trocas ao longo de um período de sete meses, e até conseguimos uma tarifa mais baixa no mesmo hotel que já havíamos reservado.

Forma de pagamento

A forma de pagamento também pode influenciar no valor final da hospedagem. Na Argentina, dependendo da forma de pagamento, pode haver um desconto no IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Em alguns casos, esse imposto não é cobrado quando o pagamento é feito com cartão de crédito, enquanto em outros, pagamentos em dinheiro (“efetivo”) podem oferecer descontos adicionais.

Por isso, sempre vale a pena perguntar sobre as opções de pagamento no hotel para garantir a melhor oferta possível. Nós conseguimos vários benefícios fazendo isso, como upgrades de quarto, uma vista melhor e até mesmo um desconto no valor total.

Viajar para Patagônia vale a pena?

SIM! Viajar para a Patagônia vale muito a pena!

É uma região que atrai turistas de todas as partes do mundo — europeus, asiáticos, americanos, árabes e africanos. O curioso é que, apesar de estar a apenas seis horas de voo de nós, brasileiros, a Patagônia ainda é um destino pouco explorado por aqui, o que é difícil de entender, dado seu charme e beleza únicos.

A Patagônia é, sem dúvidas, um tesouro natural. Cada momento passado lá, admirando as paisagens de tirar o fôlego e vivendo as experiências que a região proporciona, será guardado com carinho. As pessoas são acolhedoras, a comida é deliciosa, e tudo te deixa maravilhado.

Embora o mundo seja grande e haja tantos destinos para conhecer, eu definitivamente repetiria uma viagem à Patagônia. Ela deixa uma marca inesquecível!

Dá para viajar para Patagônia com criança?

Sim, a Patagônia é um destino que pode ser desfrutado por pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Tudo depende de como você adapta a programação. Não é necessário fazer trilhas desafiadoras de 11 horas, como a do Fitz Roy. Você pode optar por passeios mais leves, como caminhadas até mirantes, onde a vista será igualmente deslumbrante, com uma programação ajustada ao ritmo dos pequenos.

Quanto custa viajar para Patagônia?

Fizemos uma viagem de 15 dias, que incluiu uma passagem aérea para Ushuaia (não mencionada neste post). Considerando as passagens, aluguel de carro, hotéis, passeios, compras e alimentação, gastamos cerca de R$25 mil reais para o casal. É possível fazer a viagem por menos, mas também dá para gastar bem mais, dependendo das suas escolhas de acomodação e atividades.

Viajar de ônibus na Patagônia

Os passeios e transportes na Patagônia podem ser feitos de van ou ônibus, dependendo do local. No entanto, é importante verificar com antecedência, pois nem todos os lugares oferecem essas opções. Entrar em contato diretamente com os fornecedores pode ajudar a esclarecer as opções de transporte disponíveis.

Se você optar por utilizar ônibus ou vans para se locomover entre as cidades e cruzar fronteiras, há um ponto importante a considerar: os ônibus não operam com tanta frequência. Em muitos casos, há apenas um ou dois horários de saída por dia.

Por exemplo, quando estava avaliando a possibilidade de viajar de ônibus de El Calafate para Torres del Paine, percebi que, apesar da proximidade entre os dois destinos, não havia transporte direto. A única opção seria ir de El Calafate para Puerto Natales (a cidade mais próxima de Torres del Paine, no Chile) e, de lá, pegar outro ônibus para Torres del Paine.

A complicação foi o seguinte: havia apenas dois ônibus diários saindo de El Calafate — um pela manhã e outro à tarde. De Puerto Natales para Torres del Paine, o ônibus só saía pela manhã. Isso significa que, mesmo saindo de El Calafate, chegaríamos a Puerto Natales tarde demais, sendo obrigados a pernoitar na cidade para pegar o próximo ônibus somente no dia seguinte, o que nos faria “perder” um dia da viagem.

Além disso, o mesmo problema ocorreria no trajeto de volta. Como já tínhamos reservas de hotel não reembolsáveis em Torres del Paine e passagens compradas, a única solução viável foi alugar um carro para otimizar nosso tempo e evitar esses contratempos.